15/05/2009

Budapeste

Não, antes que pensem, nao andei visitando a Hungria. Vontade tenho, mais ainda depois de ter feito uma viagem literária pela terra cujo idioma 'é o único que o diabo respeita'. A terra amarela banhada pelo Danúbio. Por certo que alguns já perceberam que falo do lugar onde nasceu (?) o romance entre Zsoze Kosta e Kriska. Sim, falo de Budapeste, de Chico Buarque. Hoje findei o livro que me acompanhou nas viagens de metrô de casa até a faculdade. Da faculdade até em casa. E de casa até o supermercado. E do supermercado até em casa. 135 página efêmeras. 135 páginas que escorreram por entre meus dedos como as areias finas da Ipanema de José Costa. Como a água cor de chumbo do Danúbio de Fülemüle Krisztina. A leitura passou rápido como passam as músicas do Chico pelos meus ouvidos. Quando você leu a primeira página, mal se deu conta já esta na 20 e mais um pulo só faltam mais dez. As dez últimas e doloridas páginas. Aquelas da qual não queremos sair, mas ao mesmo tempo as 10 que comemos como se fossem 2 linhas. Não vou aqui contar a história, nem sequer transcrever a orelha do livro. Sei que no Brasil o filme homônimo já está nos cinemas. Estou com medo de assistir e perder o encanto. Difícil escolher a próxima obra. Acho que entro em recesso de leitura e fico ainda saboreando Budapeste por um tempinho.