18/02/2009

Desnecessário, mas inevitável

É desnecessário, porem inevitável traçar certas comparações entre a minha universidade de origem (PUCRS - Brasil) e nesta em que estou em intercâmbio (UCP - Portugal). Desenecessário porque cada um olha de uma maneira. Inevitável porque elas tem inúmeros pontos que as tornam comuns. Começando pelo fato de se enquadrarem num mesmo tipo de instituição e terem os mesmos objetivos. Então bora lá. A estrutura física proporcionada pela PUCRS é bastante melhor que a encontrada cá em Lisboa. A começar por este computador do qual vos falo. A biblioteca universitária lá dos pampas também é muito superior. O RU daqui é melhor. E mais caro também. Não se trata de conversão, mas de comparação. Aqui, o prato sai por 3.50€ enquanto um menu McDonald's custa 4.55€. No Brasil, o RU sai por R$4.50 ao passo que o fastfood do Ronald gira em torno de R$12.00. O transporte é mais rápido. O "métro" da uma boa mãozinha na hora de se deslocar de um ponto a outro. O Xerox (aqui Reprografia) é mais caro, mas o material é mais bem acabado. Nas aulas, as turmas são bem maiores. Algumas disciplinas são ministradas em auditórios. Os alunos, mais participativos. Óbvio que saem algumas bobagens das bocas de alguns pobres mortais. Perde-se uma discussão com mais foco por termos turmas enormes. Sinto saudade das turmas pequenas da PUC em que a discussão girava durante toda uma manhã sem perder o objetivo. O conteúdo é pesadamente teórico. A qualidade, porém no mesmo nível das aulas que assistimos em Porto Alegre.

17/02/2009

Castelo de São Jorge

Ja me sinto um lisboeta. Incorporei tanto esse espirito citadino da capital portuguesa que ando me incomodando um pouco com os turistas. No domingo tirei o dia pra visitar o Castelo de São Jorge. No meio do caminho, cometi um erro crucial para que nao quer parecer de fora: sim, abri um mapa. Nesse momento aparece uma menina espanhola puxando papo. Resultado. Nao saiu do meu pé o passeio todo. Óbvio que aproveitei apenas 50% da visita. Mas do pouco que consegui, alguns detalhes são muito legais. O primeiro é que a construção (datada do século XI) foi feita na mais alta colina de Lisboa. Assim, lá de cima, temos sem duvida a melhor vista da cidade. Vê-se a imensidão do Tejo, a ponte 25 de Abril, o Elevador de Santa Justa, a Sé Catedral e as ruelas da Alfama. Lá de cima também conseguimos visualizar a evolução urbanística da capital. Aos pés do castelo, a Alfama mostra o que sobrou de Lisboa antes do terremoto de 1755. Mais a frente, vemos as construções pombalinas. Estendo um pouco mais a visão, a parte mais moderna de Lisboa aparece em grades torres. Infleizmente, por culpa de uma espanhola, nao posso detalhar mais, mas quando la voltar, mando mais detalhes.

15/02/2009

Um dia ainda me atiram pipocas

Morar em frente a um dos principais pontos turisticos de uma capital européia pode parecer encantador. As vezes engraçado. Outras vezes um saquinho mesmo. Da minha janela enxergo a Catedral de Lisboa. E os turistam que vão visitá-la. Hoje, domingo, sol em Lisboa. As pessoas saem da Rua Augusta, sobem até o Largo da Madalena, entram da Rua Santo Antonio para, em tese, visitar a catedral construída em 1150. Eis que olha pra um predio do lado e enxergam uma janela de 250 anos. A minha. E ficam olhando pra dentro como se algo muito pitoresco estivesse acontecendo. Mas é apenas um apartamento Erasmus. Quando um gaúcho reconheceu seus conterrâneos por conta de uma manto tricolor, entendemos. Mas quando um monte de gente passa e quase cai dentro do quarto... aí nao dá. Ontem eu e a Thais jantávamos perto da janela. Cheguei a oferecer um prato de comida para os transeuntes. A sensação é quase de se estar dentro de uma jaula. E essa sensação aumenta na segunda janela do quarto, quando temos um bela grade nos separando da rua. Por vezes, sinto-me um macaquinho. Mas dispeso as pipocas.