15/02/2009

Um dia ainda me atiram pipocas

Morar em frente a um dos principais pontos turisticos de uma capital européia pode parecer encantador. As vezes engraçado. Outras vezes um saquinho mesmo. Da minha janela enxergo a Catedral de Lisboa. E os turistam que vão visitá-la. Hoje, domingo, sol em Lisboa. As pessoas saem da Rua Augusta, sobem até o Largo da Madalena, entram da Rua Santo Antonio para, em tese, visitar a catedral construída em 1150. Eis que olha pra um predio do lado e enxergam uma janela de 250 anos. A minha. E ficam olhando pra dentro como se algo muito pitoresco estivesse acontecendo. Mas é apenas um apartamento Erasmus. Quando um gaúcho reconheceu seus conterrâneos por conta de uma manto tricolor, entendemos. Mas quando um monte de gente passa e quase cai dentro do quarto... aí nao dá. Ontem eu e a Thais jantávamos perto da janela. Cheguei a oferecer um prato de comida para os transeuntes. A sensação é quase de se estar dentro de uma jaula. E essa sensação aumenta na segunda janela do quarto, quando temos um bela grade nos separando da rua. Por vezes, sinto-me um macaquinho. Mas dispeso as pipocas.