04/05/2009

Um pouco de Madri, um muito de Barcelona

Com um vergonhoso atraso, publico agora um breve texto acerca da minha última viagem: Espanha. Um país sempre em festa. Um país de grandes museus. A desculpa pra viajar era um trabalho de museologia em que estou escrevendo sobre o impacto causado pelo mural Guernica (Pablo Picasso, 1937) sobre os visitantes do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid. Obviamente, estando na capital espanhola, estiquei um pouco e visitei a Barcelona de Antoní Gaudí, do Museu Picasso, do catalão etc.
A capital, apesar de seus dois grandes museus - Reina Sofia e Museo del Prado - com suas duas magníficas telas - A Guernica, de Picasso e As Meninas, de Velazquez, respectivamente, não causa maiores impactos. Uma cidade burocrática, barulhenta e confusa. Prédios e mais prédios tentando alcançar o céu. O mais belo, além de da tela picassiana, são os parques. O sol ajudou e os tornou ainda mais convidativos para alguns descansos entre um passeio e outro (isso quando os próprio não eram a grande atrção, como acontece com o Parque del Buen Retiro)

O caminho dos museus é muito belo. O Passeo del Prado, avenida em que estão o Museo del Prado e o Museo Thyssen-Bornemisza e que dá acesso ao Reina Sofia é colorido por tulipas e outras flores que não sei o nome. Ela começa numa bela construção, o Palacio de las Comunicaciones e termina na Estación Atocha, estação que foi o alvo do atentado terrorista de março de 2003.

Terminados os dias dedicados a Madri, era hora de me aventurar por Barcelona. A cidade é bela, a cidade encanta. Se fosse Gaudí o urbanista que desenhou o mapa da cidade, ela certamente não seria tão fácil de se achar nas suas ruas e avenidas. O arquiteto mais famoso e mais enlouquecido tem casas malucas. Battló, Pedreira e outras construções gaudianas são de cair o queixo. A Sagrada Família, constantemente em obras, também enlouquece. No Museo Picasso, fica fácil entender a trajetória artística do malaguenho que primeiro construiu para depois desconstruir sua obra, quando criou o cubismo. Mas o que mais me fez querer não voltar a Lisboa foi algo subjetivo. Algo que nenhuma atração mostre.

Não sei se as pessoas, se as ruelas do Bairro Gótico. Se as Ramblas ou se as belas praias. Aindo fico refletindo se não foi o contraste com Madri ou. em certo ponto, as semelanças com Lisboa. Mas no fundo, algo na Catalunha me tocou. Quando descorbrir, eu conto