19/06/2009

Fora de contexto

Nesse post vou desvestir o personagem de viajante e expor a imem de um futuro relações públicas. Desde que tomei conhecimento do portal RP-Bahia, me tornei um ferrenho crítico deste espaço que acredito ter uma repercussão descabida, uma vez que em nada contribui para a área. Entretanto, hoje recebi a newsletter assinada pelo diretor do site, Marcelo Chamusca. Descordo de quase tudo que está no texto, mas em parte dele, confesso concordar bastante.
O texto gira em torno das últimas noticias sobre a queda do diploma de nossos colegas jornalistas - queda essa, que critico veementemente. Bem, segue o texto - e em azul, as partes com as quais mais sou partidário do autor. Sobre o que penso do resto do texto, releia o início deste post:


"O último a sair, por favor, apague a luz!!!

Depois da queda da obrigatoriedade do diploma de jornalismo, agora só falta derrubar o de relações públicas.

Marcello Chamusca

Após a decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou a obrigatoriedade do diploma de graduação para o exercício da profissão de jornalismo, muitas opiniões contra e a favor surgiram sobre o tema. Até a “toda poderosa” Rede Globo se manifestou, como sempre, a favor da maré. Nesse âmbito, o discurso que emerge e que vem com força é o da desregulamentação geral das subáreas de comunicação, baseado no forte argumento da adequação das profissões aos novos tempos e aos novos padrões de “produção”, “consumo” e “distribuição” de informação na sociedade digital.

Há muito se fala em desregulamentar a profissão de relações públicas no Brasil, com base no entendimento de que a profissão tem mais legitimidade e reconhecimento social e de mercado nos países em que não é regulamentada. Mas os principais argumentos dos que eram contra, se apoiavam na questão de que se desregulamentar fosse bom os jornalistas não estavam lutando para criar um conselho e acirrar mais ainda a sua regulamentação. Com o “primo rico” se modernizando, não deve restar alternativa para os relações-públicas brasileiros, a não ser tirar a Carta de Atibaia do baú e começar a pensar em desativar os amorfos conselhos regionais e federal, que pouco têm feito pela categoria, se quiserem sair com alguma dignidade desse processo.

Se a regulamentação e a fiscalização realizada pelos conselhos não estão garantindo nenhum benefício para a profissão e para os profissionais, visto que o reconhecimento social e de mercado não existem no país e a reserva de mercado não é mais possível na conjuntura do novo mundo, a pergunta que começa a emergir é: qual a função do conselho de relações públicas no Brasil, além da de me deixar mais pobre em algumas centenas de reais por ano? Não é a toa que a maioria absoluta dos pensadores das relações públicas brasileiras é a favor da desregulamentação há muitos anos. E será que existe outra saída digna? Bom, o último a sair, por favor, apague a luz!!!"